A transpiração é um processo natural e fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo. Em média, cada pessoa elimina o equivalente a 1 litro dessa substância por dia, com mais ou menos intensidade de acordo com a situação, o que, em alguns casos, é acompanhado de um odor desagradável, causando incômodo e até constrangimentos.
Esse fenômeno tão comum do nosso dia a dia é eliminado pelas glândulas sudoríparas, que estão distribuídas por todo o corpo e são divididas em dois grupos:
As causas
A transpiração não tem cheiro perceptível. O odor aparece quando fungos e bactérias presentes na pele se alimentam do suor produzido pelas glândulas apócrinas. Os médicos chamam isso de bromidrose plantar (chulé dos pés) e bromidrose axilar (odor desagradável nas axilas).
Mas esses não são os únicos causadores do mau cheiro. Alterações hormonais, como as doenças da tireoide e a menopausa, ampliam a lista de fatores que devem ser considerados. Da mesma forma, questões emocionais, como o medo e a ansiedade, contribuem para o surgimento do problema.
Quando passamos por situações de estresse, o nosso sistema nervoso autônomo (SNA) aumenta as atividades do organismo, inclusive as do sistema nervoso simpático (SNS), responsável pela estimulação das glândulas sudoríparas, elevando consideravelmente a transpiração.
Nesse sentido, o que comemos também pode influenciar. Alimentos como alho, pimenta e cebola ou com enxofre, por exemplo, os vegetais escuros (agrião, couve e brócolis), e ricos em proteínas, como ovos, peixes e fígado, aumentam a possibilidade de esse incômodo ocorrer. Isso porque eles elevam a produção de amônia no organismo, que é liberada pelo suor com forte odor.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas e de algumas medicações, principalmente para tratamento da ansiedade, completa os itens que podem aumentar a predisposição ao mau cheiro.
Como lidar
O que você pode fazer para evitar esse problema provocado pela transpiração? Confira a seguir algumas dicas:
Não descuide da higiene pessoal, preferindo sempre sabonetes antissépticos, desodorantes (que diminuem o odor) ou antitranspirantes (que reduzem o suor). Mas não exagere: limpeza em excesso pode irritar a pele, dificultando ainda mais o combate ao mau cheiro.
Preste atenção aos cuidados após o banho: secar-se bem, principalmente nas axilas e entre os dedos dos pés, é fundamental para dificultar a presença de micro-organismos indesejados.
Troque de roupa diariamente e confira se a sua máquina de lavar tem a função desodorizadora (disponível em um número crescente de modelos) ou use produtos que façam isso na lavagem.
A escolha dos tecidos certos é um cuidado adicional. Em vez das sintéticas, dê sempre preferência às peças de algodão.
Se esses cuidados não forem suficientes, consulte um médico para que ele indique o tratamento mais adequado. E lembre: fuja da automedicação.
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